terça-feira, fevereiro 11, 2003
Assente num espírito construtivo de educação somos confrontados com a necessidade de orientar e guiar os nossos alunos nessa construção. Já falamos das experiências que devemos proporcionar aos nossos alunos e chegou a altura de reflectir sobre o papel e a importância do nosso discurso nas salas de aula. Através de uma boa condução do nosso discurso oral e escrito permitimos aos alunos uma melhor compreensão da matemática. Precisamos encorajar os alunos a participarem activamente nas aulas e isso implica que comecem a criar o hábito de pensarem, reflectirem e exprimirem quer oral quer por escrito as suas reflexões e ideias. O professor tem o dever de provocar o raciocínio dos alunos através de actividades e desafios pedindo sempre aos alunos a justificação e o caminho que seguiram, questões como “porquê?” e “como?” são muitas vezes oportunas como é demonstrado no episódio da Ms. Nakamura. Depois de os alunos criarem hábitos de participação, o professor deve ouvir mais do que falar. Não deixando de encaminhar e dar pistas a alunos que se sintam perdidos como é exemplo o episódio de Ms. Santos. A exploração de respostas e raciocínios errados constitui também um bom método para a aprendizagem uma vez que ao desmontar um raciocínio o professor poderá aperceber-se de qual estará a ser o erro ou falha do aluno. Também a apresentação de exemplos e contra-exemplos facilita a compreensão e consolidação de conceitos. Penso que o episódio de Mrs. Logan é um exemplo disso pois permitiu que os alunos organizassem ideias e chegassem à definição de quadrilátero.