terça-feira, março 11, 2003

Quando dei as minhas primeiras aulas, talvez devido à inexperiência, os alunos pareciam não estar aprender tão bem como eu desejava.
Com o decorrer do tempo, fui-me apercebendo que não é suficiente ensinar melhor matemática, também é necessário ensinar matemática melhor.
Com ajuda dos meus orientadores e dos meus colegas fui procurando mudar não só o que ensinava como também como ensinava. Passei então a centrar as minhas preocupações nos métodos de ensino.
Para mim, o conceito de bom professor foi mudando ao longo dos primeiros meses de aulas. Ser um bom professor não é apenas explicar de forma a que os alunos compreendam, mas algo mais, um bom professor deve ser capaz de levar os alunos a explicarem o que entenderam.
Surgiu assim, depois das metodologias, uma grande preocupação, a comunicação na sala de aula que também precisava ser melhorada.
Agora, as aulas que mais me realizam são aquelas onde consigo criar uma atmosfera na qual os alunos se deixam envolver activamente na aprendizagem da Matemática, sentindo-se capazes de partilhar e discutir ideias sem ter medo de correr o risco de errar.
Entre as várias estratégias que fui utilizando para promover a comunicação, há uma que me é particularmente querida, posso mesmo dizer que é a Estrela Polar que me guiam nas aulas:
Nunca dizer nada que um aluno possa dizer. *