segunda-feira, março 10, 2003

Este ano tenho experimentado o uso de vários instrumentos na sala de aula. A análise de quais os instrumentos que “funcionam “ melhor é um pouco complicada pois, mais do que o próprio instrumento em si, a maneira como ele é utilizado e a turma no qual se usa tem muita influência nos resultados.
Por exemplo, as calculadoras gráficas: na unidade proporcionalidade inversa achei que seria vantajoso o uso de calculadoras gráficas para o estudo das funções de proporcionalidade inversa. Na minha turma de 9º ano, a maior parte dos alunos gostou muito da experiência e os resultados da aprendizagem foram muito favoráveis, pois os alunos conseguiram tirar muito proveito do uso da calculadora. No entanto, na turma de regência esta experiência foi um verdadeiro fracasso pois os alunos não quiseram aproveitar a oportunidade de ter uma aprendizagem diferente e mais significativa e optaram por explorar a máquina noutros aspectos.
Este é um exemplo de como deveremos sempre tentar o uso de diferentes instrumentos porque o facto de não resultar numa turma não significa que noutra não resulte muito bem.
Outro exemplo é o trabalho de grupo. No 7º ano sempre que uso esta estratégia os resultados são positivos enquanto que no 9º ano é uma estratégia que tem obtido quase sempre resultados negativos.
Outro instrumento que utilizei que resultou muito bem foi a apresentação de PowerPoint. Este instrumento, embora a nível de aprendizagem não traga muitas vantagens pois nem sempre é utilizado de forma a favorecer a descoberta, sempre que o utilizei trouxe uma grande vantagem que foi incentivar os alunos. Tanto na minha turma do 7º como na do 9º, quando fiz apresentações de PowerPoint todos os alunos estiveram 100% atentos e todos eles tentaram participar.
O uso de computador, como pude ver tanto nas minhas aulas como nas aulas das minhas colegas tem sido muito favorável pois os alunos aderem muito a estas aulas e acabam por se envolver de um modo mais positivo na aprendizagem.
Uma ferramenta do discurso que por vezes uso nas minhas aulas é a analogia. Sempre que possível tento “transportar” a matéria para a o dia-a-dia e as realidades dos alunos. Esta ferramenta revelou-se muito útil principalmente na unidade dos números negativos.
De todas as formas de discurso, as que se revelam menos favoráveis e que por isso evito sempre que posso são a exposição da matéria e um discurso que não permita ao aluno participar.