quarta-feira, maio 18, 2005

O conteúdo da mensagem anterior leva-me a interpelar determinadas práticas. Por mais que hajam orientações dos normativos curriculares a recomendar a dinamização de estratégias com referência à actividade do aluno, a voz mais activa na sala de aula a do professor tende a prevalecer. Algumas dessas recomendações apelam à utilização de determinados recursos, como por exemplo da tecnologia, mas na prática a falta de tempo para cumprir o programa é a razão invocada para a sua não utilização. Como os alunos adquirem o conhecimento matemático? Será, na forma de cada um ver o ensino de Matemática, mais importante ter a consciência de que se conseguiu desfolhar todas as páginas do manual? Ao longo de tanta aulas, não haverá tempo para dinamizar, em alguns momentos, algumas experiências? Não será importante para o crescimento profissional do professor de Matemática procurar analisar e confrontar o impacto dessas experiências na aprendizagem dos alunos? O problema é que à frente da supervisão da formação pedagógica dos novos professores há quem considere tais experiências uma perda de tempo!